quarta-feira, 21 de abril de 2010

JLIRA MARLEY (25 anos)













A mãe da Jlira chama-se Aliss Günter, uma holandesa, que participou do movimento beatnik com o qual viajou por quase toda a América, Europa e Índia.
Com esse movimento apreendeu a publicar suas idéias e experiências assim como a dos seus amigos. Assim ela conseguiu viajar de forma sustentável. Quando passava pela Jamaica, América Central conheceu Kaya Kari Marley. Primo de terceiro grau do Bob Marley com o qual tocava desde bem jovem se tornou seu companheiro durante uma parte da viagem. Quando estavam no Pará/Amazônia, ficaram grávidos da Jlira que veio a nascer na Bahia. Eles tiveram problemas pra criar a menina por isso o pai que queria voltar para a Jamaica para continuar tocando com Bob abandona Alissa.
As duas, mãe e filha continuam viagem com o grupo da Jlira. O qual a apoiou bastante a retomar as produções dos livros e cuidar da menina.
Assim elas tiveram em Recife, Rio de Janeiro, Sampa, Alto Paraíso, pegaram um trecho do Paebiru (caminho sagrado indígena no Brasil) passando por Santomé das Letras, Paebiru, Matutu, e Santa Catarina: Florianópolis, Pinheira, Naufragados, Lagoinha do Leste, Guarda do Embaú, depois seguiram para o RS: Porto Alegre, São miguel das missões e São Borja foram as cidade escolhidas para estudar as missões jesuíticas nas quais alguns seus amigos tinha parentes ligados as missões que moraram nessas cidades...

Em São Borja cruzaram de balsa até a Argentina onde andaram bastante de trem estudando o folclore a cultura indigena. Passaram por Tucumãn, Jujuy, depois descendo de trem até Buenos Aires moraram em squatters¹. No sum da argentina, terra do fogo terminaram a rota Latina voltando quase todos pra Europa. No Brasil escreveram, publicaram e venderam mais de 5 livros (nomes)

Chegando na Europa, Alissa vai até Dublin na casa de sua Mãe levar a Jlira para conhecer a avó Era Venusa (uma professora de cultura celta que estava se aposentando como pesquisadora universitária na época. Alissa conversou com a mãe de deixar a filha Jlira com a Avó por um tempo para ela continuar seu trabalho com mais facilidade e a filha ter mais conforto e estabilidade para poder estudar já que ela viaja muito. A avó assume a responsabilidade de educar a neta que passa a viver e ser educada pela avó. Assim ela só começou a freqüentar a escola no inicio de sua adolescência pois com a orientação da avó precisa conviver com mais pessoas além do seu circulo de amizades.

A Jlira cresce muito interessada pela sua história, da sua mãe, pai, rastafarianismo, Brasil, Bahia, cultura celta, musica, percussão e beatnik.

Quando completou 19 anos pediu para a avó uma passagem só de ida para o Brasil, onde iria pesquisar ritmos e instrumentos percussivos, além da cultura do seu país de origem.



¹ matéria sobre squatter na revista História feita pelo Adriano do PP-Rio: http://www.revistadehistoria.com.br/v2/home/?go=detalhe&id=1942